A DataPolicy preparou uma série para você ter nas mãos um Pequeno Manual de Advocacy! Este é o primeiro de muitos textos sobre o tema! Venha ler!
O primeiro passo para um plano de advocacy eficaz é compreender profundamente o problema ou a causa a ser defendida. Um diagnóstico bem feito permite delinear a situação atual e identificar quais fatores econômicos, sociais ou legais afetam diretamente o público-alvo.
A coleta de dados é essencial para sustentar argumentos: relatórios governamentais, pesquisas acadêmicas e dados públicos são fontes valiosas. Mais que números, é necessário traduzir essas informações em impactos concretos que sensibilizem os stakeholders para a sua causa em advocacy.
Por exemplo, é importante mostrar como a falta de uma legislação específica para um setor pode gerar desemprego ou insegurança jurídica.
O diagnóstico deve também considerar o cenário político atual. Mudanças nos governos e agendas legislativas podem impactar o tempo e a abordagem das ações de advocacy. Além disso, uma análise de forças e fraquezas ajuda a prever obstáculos e oportunidades, evitando que recursos sejam desperdiçados.
O envolvimento de especialistas e atores locais na fase de diagnóstico também enriquece a compreensão do problema e fortalece a legitimidade da causa, especialmente se forem organizados encontros para ouvir diferentes pontos de vista. Em resumo, o diagnóstico não só orienta as ações futuras como também aumenta a chance de engajar aliados na defesa da causa de advocacy.
Boas Práticas em Advocacy
Boas práticas nessa fase incluem a organização de grupos focais com os envolvidos no tema e a consulta a especialistas para validar as percepções e os dados coletados. Além disso, é essencial apresentar o problema de maneira que possa ser facilmente entendido tanto pelos formuladores de políticas quanto pelo público em geral.
Um relatório bem formatado, com gráficos e casos reais, ajuda a transformar um problema complexo em algo acessível e urgente.
Exemplo: Na campanha “Todos pela Educação“, o diagnóstico mostrou que milhões de crianças estavam fora da escola por falta de infraestrutura adequada. O estudo usou dados do IBGE e reportagens de jornais para sensibilizar a opinião pública e os parlamentares. Isso evidenciou a necessidade de uma política de financiamento de escolas em regiões carentes.