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Quanto custa a regulação do setor industrial farmacêutico 

Quanto custa a regulação do setor industrial farmacêutico? 

A indústria farmacêutica é um setor altamente lucrativo. Porém, novas resoluções são constantes, e, nem sempre elas chegam ao conhecimento do setor, refletindo na produção e comercialização dos fármacos. 

Isso gera uma dúvida, não? Já parou para pensar quanto pode custar a regulação do setor industrial farmacêutico? Ou, será que o governo destina atenção e recursos suficientes ao setor? Neste texto vamos falar sobre:

 

  • 4 Fatores que impactam o custo do setor industrial farmacêutico
  • Quanto custa a regulação do setor industrial farmacêutico?
  • Fomentos do setor industrial farmacêutico.

4 Fatores que impactam o custo do setor industrial farmacêutico

O custo do setor industrial farmacêutico pode ser desenhado em quatro pontos:

O primeiro relacionado ao marco regulatório, que por ser incompleto e dinâmico coloca o departamento de assuntos regulatórios como um dos mais desafiadores, visto que sempre foi uma das principais ameaças das indústrias farmacêuticas

O segundo e o terceiro estão diretamente relacionados, por via de regra, as indústrias precisam estar sempre abertas às mudanças, visto que, regularmente, novas resoluções são aprovadas pela Anvisa, contudo, nem sempre essas novas regulações chegam ao conhecimento do setor, refletindo na produção e comercialização dos fármacos

Por fim, o quarto ponto também está relacionado à quantidade de regulação, que impacta diretamente no tempo para aprovação de medicamentos

Quer saber mais sobre regulações no setor industrial farmacêutico? Não deixe de ver este texto com informações relevantes sobre monitoramento de regulações para sua boa Gestão de Risco Regulatório. 

Em média, registrar um medicamento leva quase dois anos!

Quanto custa a regulação do setor industrial farmacêutico?

Já parou para pensar quanto pode custar a regulação do setor industrial farmacêutico? 

Os  testes para os registros são caros, custando entre R$300 mil a R $1 milhão. Deve-se ainda pagar taxas para a Agência de R$6 mil (genéricos) a R$80 mil (novos) para empresas de grande porte. 

Ou seja, há um percurso caro e demorado, que resulta em muito trabalho e dor de cabeça, tornando o processo regulatório mais dispendioso para as indústrias farmacêuticas. 

Para uma leitura mais detalhada de desafios, tributos e regulações sobre bioisenção. 

Fomentos do setor industrial farmacêutico

O crescimento das farmácias é visível em todos os aspectos, agora estão relacionadas a, além de curar doenças, prevenir, desenvolver o bem-estar e cuidados pessoais, trazendo consigo um leque de novas tendências e oportunidades de mercado, principalmente no que diz respeito à tecnologia. 

O faturamento das farmácias aumentou 13,6% entre janeiro e outubro de 2020, com movimentações financeiras que ultrapassaram a marca de R$ 113 bilhões!

O governo não destina atenção e recursos suficientes ao setor, considerando que o Brasil é o principal mercado farmacêutico da América Latina e responde por cerca de 2% da economia mundial. 

Nos últimos anos houveram poucas medidas de fomento para o setor, sendo as duas principais: as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica (Profarma), ambas auxiliam no crescimento das empresas farmacêuticas de capital nacional.

Após a pandemia, o governo volta novamente os olhos para o setor, e assim tivemos a aprovação do Projeto de Lei 4.209/2019, do senador Álvaro Dias (Podemos-PR) e do então senador Siqueira Campos, propondo que todo medicamento com insumo farmacêutico ativo (IFA) produzido no Brasil seja enquadrado na categoria de precedência prioritária. 

Ou seja,  esses medicamentos terão avaliação e deliberação final com prazos mais rápidos do que aqueles enquadrados na categoria ordinária.

Embora as empresas do setor cresçam exponencialmente, e existam políticas de incentivo, estamos ainda, longe de alterar o quadro de dependência comercial, científica e tecnológica para o crescimento autossuficiente do setor. 

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Sobre o autor

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Carolina Neves

Consultora da Publicae Consultoria Júnior, estudante de graduação em gestão de políticas públicas na Universidade de Brasília e estagiária no Ministério da Cidadania.