O sucesso de qualquer iniciativa de advocacy depende de uma boa articulação com atores chave que influenciam a tomada de decisão. Esse processo começa com o mapeamento dos stakeholders, identificando tanto aliados como opositores.
Parlamentares, agências reguladoras, associações de classe, sindicatos e ONGs são exemplos de atores que podem impactar a causa. A análise deve considerar o nível de influência de cada stakeholder e seu posicionamento em relação ao tema.
Como mapear stakeholders?
Ferramentas como a matriz de poder e interesse podem ajudar a classificar esses atores. Por exemplo, stakeholders com alto poder e grande interesse no tema devem ser priorizados nas ações de relacionamento. A partir do mapeamento, é possível elaborar estratégias específicas para engajar cada grupo, utilizando argumentos alinhados aos interesses de cada um.
Por exemplo, se um parlamentar tem como bandeira o desenvolvimento regional, a mensagem da campanha pode destacar como a proposta beneficiará a economia local. Além disso, é importante manter uma comunicação constante e transparente com todos os stakeholders ao longo do processo.
Um bom plano de advocacy não se resume a ações pontuais, mas envolve a construção de relacionamentos de longo prazo que fortalecem a confiança entre os envolvidos e aumentam a chance de êxito.
Stakeholders: Boas práticas de mapeamento
Boas práticas incluem o uso de ferramentas digitais de CRM (Customer Relationship Management) para acompanhar os contatos e interações com cada stakeholder, garantindo que todos sejam informados e engajados de forma contínua. Além disso, mapear redes de influência também pode ser útil para identificar quem tem relações próximas com tomadores de decisão.
Veja mais sobre 1 Mapa de stakeholders fácil para ajudar com muitas demandas!
Exemplo: Em uma campanha para aprovar uma política pública de inclusão digital, os stakeholders incluíam ministérios, empresas de telecomunicações, ONGs de educação, e influenciadores digitais. Cada grupo recebeu informações e argumentos ajustados a seus interesses. As operadoras, por exemplo, foram convencidas com argumentos sobre o crescimento do mercado de tecnologia, enquanto as ONGs focaram nos benefícios sociais.
Boas práticas: Crie um “mapa de poder”, visualizando quais stakeholders têm maior influência sobre a decisão que você deseja impactar. Priorize contatos estratégicos, mas não se esqueça de mobilizar o apoio popular para pressionar esses tomadores de decisão.