A DataPolicy preparou uma série para você ter nas mãos um Pequeno Manual de Advocacy! Este é o primeiro de muitos textos sobre o tema! Venha ler!
Planejamento em Advocacy SMART
Um bom plano de advocacy precisa de objetivos claros que orientem todas as ações. Esses objetivos devem responder à pergunta: “O que queremos mudar ou alcançar?”.
Para serem eficazes, é importante que sejam específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e definidos no tempo (SMART). Por exemplo, um objetivo pode ser “aprovar uma emenda que facilite a entrada de pequenas empresas em licitações públicas até o final do próximo ano legislativo”.
Objetivos estratégicos também precisam considerar as etapas intermediárias do processo político. Aprovar uma lei, por exemplo, envolve várias fases: apresentação do projeto, aprovação nas comissões temáticas, votação em plenário e sanção do executivo.
Cada uma dessas fases pode exigir diferentes abordagens, como campanhas de sensibilização, mobilizações públicas e reuniões com tomadores de decisão. Assim, é fundamental desmembrar o objetivo final em metas menores e progressivas que permitam medir o avanço da estratégia.
O alinhamento entre os objetivos do plano e os interesses dos stakeholders é crucial. Quando todos os atores envolvidos enxergam benefícios claros na mudança proposta, a chance de sucesso aumenta. Por isso, além de realistas, os objetivos devem ser formulados de forma que sejam atrativos para todos os grupos que podem apoiar a causa.
Um erro comum em planos de advocacy é estabelecer metas amplas e vagas, como “melhorar a educação no Brasil”.
Ao invés disso, um objetivo eficaz deve ser específico, mensurável e temporário, como “aprovar uma lei que destine 10% do orçamento municipal à melhoria de escolas públicas em até dois anos”.
Esse tipo de objetivo permite acompanhar o progresso de forma objetiva e ajustar as ações quando necessário.
Desmembrando objetivos em advocacy
É importante desmembrar os objetivos em etapas menores e definir indicadores de sucesso para cada uma. Por exemplo, no primeiro semestre, o objetivo pode ser conquistar a adesão de três senadores e um deputado ao projeto; no segundo semestre, a meta pode ser promover uma audiência pública para discutir o tema no Senado.
Ima boa prática é utilizar a metodologia SMART (como já mencionada) para estruturar seus objetivos: Specíficos, Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e Temporais. Objetivos que seguem essa lógica são mais fáceis de monitorar e mais atrativos para parceiros e financiadores. Outra boa prática é alinhar os objetivos com os interesses de stakeholders influentes, o que aumenta as chances de apoio.
Exemplo: Uma ONG de defesa dos direitos dos trabalhadores rurais definiu como objetivo “aprovar uma regulamentação que proíba o uso de agrotóxicos em áreas próximas a escolas rurais até o fim de 2025”. Isso gerou uma estratégia mais focada e mensurável.
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